Endereço:
Rua Santa Tereza, 127 - Centro
Histórico:
Casa do século XVIII, possivelmente seus primeiros proprietários eram homens de
posses, a julgar pelo tipo de construção, tamanho do terreno e local. Construída
no centro da região aurífera da cidade, com 290m², provavelmente, habitada por
alguém ligado à mineração, era um sobrado, sendo o andar de baixo tipo porão,
reservado aos serviços gerais da casa: cozinha, depósito de lenha, despejo,
acima, quartos e salas. As paredes eram de taipa, assoalho de tábuas largas,
janelas e portas de madeira maciça, pesadas, do tipo saia e camisa, sem
vidraça. Também o forro era de tábuas, do tipo saia e camisa. Além da casa,
havia também, uma horta, bem servida de árvores frutíferas, cercada por muros
de pedra.
No
final da década de 70, a moradia que dava entrada pela Rua Santa Teresa sofreu
desabamento parcial de um lado, em conseqüência de fortes chuvas que minaram a
sua estrutura, não protegida por alicerces de concreto.
Por
ocasião da reforma que conservou a sua fachada primitiva, com um balcão em
balanço sobre o passeio, protegido pelo prolongamento do telhado, portas de
duas bandeiras e janelas com vidraças, encontrou-se, numa das paredes, no meio
da terra batida, uma pequena caixa com ossada humana. A ossada foi colocada num
saco e encaminhada ao Cemitério das Mercês, sem alarde.
Após
a restauração pela Prefeitura Municipal, em 1980, a casa foi ocupada por
diversos órgãos municipais.Atualmente, a casa abriga a sede do Instituto
Histórico e Geográfico, sua biblioteca e a secretaria.
Fonte: Laércio Antônio
Chitarra
Boa noite! Meu nome e Wanessa, sou neta da antiga proprietária da casa mais antiga de Sao João Del Rey. Gostaria de destacar, que essa ossada encontrada na parede, foi minha avo Elza de Oliveira Costa até então proprietária na época, quem mandou fazer a reforma da casa. Essa gaveta ficava em cima da pia da cozinha e minha mãe falava que ali sempre ouve uma marca tipo de uma gaveta na parede mas que em nenhum momento eles desconfiaram da existência desse ossuário. Quando a parte da casa da frente caiu, minha avó entrou em contato com os donos que moravam fora, não sei dizer onde direito, mas eles não quiseram ou não deram importância para o fato, e minha avo do a da outra casa na lateral não tinha condições de mandar fazer a reforma das duas sendo que a dela estava em perfeito estado, aí a prefeitura tomou posse da casa e indenizou os moradores para a reforma total do casarão.
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